Ele ressuscitou

25.4.10

É novinho em folha mas naquela noite, ai aquela desastrosa noite, achou que era boa ideia ir dar umas braçadinhas dentro da retrete. E então saltou dos bolsos das calças e plof.
O pior não foi ter enfiar a mão no meio do meu xixi para resgata-lo. O problema mesmo foi não poder dar-lhe um banhinho de desintoxicação. Mas pronto, uma secadinha aqui, outra ali e então começaram as rezas bravas para que a coisa não pifasse. "Va lá amiguinho, não me abandones, pelo menos não nesta noite". Mas claro, Puff, criaram-se bolhas no ecrã, o dito cujo começou a fazer sons estranhos e tremeliques duvidosos. Até que depois de uma noite de luto, pela manhã chegou a iluminação.
ARROZ.
Peguei num potinho, tirei-lhe a bateria, enchi-o de arroz e deixei aquela pequena criatura ali, mergulhada naquele mar de grãos brancos por um dia.
Então hoje acordei, fiz umas três ou quatro mezinhas, rezei para alguns santos fortes e dei-lhe ao botão vermelho e, plim!, ali estava ele, todo luminoso.
Então gritei bem alto, para toda a Coruña ouvir: "Ele ressuscitou!, Aleluia, aleluia!".
Agora estou a pensar em inscrever o arroz como candidato à beatificação:
"Senhor Papa, exijo que o arroz tenha nome de santo. Ele ressuscitou o meu telemóvel. Há algo mais bonito e digno que isso?"

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