Quando eu era pequena, acreditava que o nosso corpo tinha algumas limitações. Uma delas era o numero de palavras que podÃamos pronunciar durante a nossa vida. Não me perguntem onde fui buscar essa teoria, mas a verdade é que eu acreditava profundamente nela e, como uma boa menina-que-bate-nos-rapazes-da-escola rapidamente fiz com que as minhas amigas também começassem a acreditar nisso.
Não sei dizer quantos dias passámos com os dentes a morder os lábios para poupar palavras, quantas horas gastámos a conversar por gestos, quantos bilhetinhos escrevemos na hora do intervalo... tudo porque achávamos que um dia, quando fossemos maiores, irÃamos precisar mais das palavras do que naquele momento.
Agora olho para trás e penso que gostaria de voltar a acreditar que as palavras são finitas. Queria que por um tempo os vocábulos desaparecessem da terra e que as coisas fossem feitas... E não apenas ditas (ou insinuadas).
Não sei dizer quantos dias passámos com os dentes a morder os lábios para poupar palavras, quantas horas gastámos a conversar por gestos, quantos bilhetinhos escrevemos na hora do intervalo... tudo porque achávamos que um dia, quando fossemos maiores, irÃamos precisar mais das palavras do que naquele momento.
Agora olho para trás e penso que gostaria de voltar a acreditar que as palavras são finitas. Queria que por um tempo os vocábulos desaparecessem da terra e que as coisas fossem feitas... E não apenas ditas (ou insinuadas).