Em portuñol

7.2.10

Dizem-me que falo um portuñol inaceitável. E eu nego. Nego tudo, até ao fim!
Resulta-me suspeitoso que agora se venham para aqui queixar. Justo vocês, que mais que ninguém deveriam compreender-me. Isto é normal na situação em que me encontro. Expatriada no país vizinho, rodeada de um acento estranho, de tortilha de patatas e botelhón. Que ganas de trazer-vos todos para aqui um mês, um ano, o que seja, para que entendam, mesmo que só um pouco, esta minha nova vida.
Uma vida de actores, representantes e periodistas. De viagens em minibus, habitações duplas de hotel, o móvel que não pára de tocar. Enfim, um lio que só visto. E no finde só me apetece descansar. Sim, está bem, quem sabe quedar com um par de amigo, passar-lo genial, umas copas e uns chupitos e depois de búo para casa.
Isto talvez vos resulte estrangeiro, já sei, mas dá-me igual. Só quero que percebam, que tentem entender, que esta vossa amiga mudou de ubicação e que agora, daqui para a frente, as mesclas serão maiores, mais graves e arriscadas. Então adaptem os vossos ouvidos, engulam o choro e passem página. A outra coisa mariposa.

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