30.4.08
Uma vez quis apagá-lo, mas um amigo disse-me que um dia as coisas iriam mudar e eu poderia arrepender-me. Ainda há pouco, sem querer, vi-o. Lembrei-me da pessoa, da falta que faz, da vontade de conversar com ela, de ouvir os seus conselhos e histórias de mãos pequeninas. Voltei a pensar se faz sentido mantê-lo. Por enquanto, está ali, intacto e resistente, como um amigo que não se quer expulsar de casa, por mais que a sua presença tenha deixado de fazer sentido. Um dia, sei disso, terá de se ir embora. Não sei quando, nem em que circunstância, muito menos que sentimento acompanhará o momento. Até porque a pergunta mantém-se na minha cabeça: Quanto tempo se espera para apagar o número de um amigo que desapareceu?
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