Sem descer do salto

30.7.08

Tenho uma relação de amor-ódio com discussões.
Adoro-as. Não sei viver sem elas. Ao mesmo tempo odeio-as, porque levo-as muito a peito e sinto que fico intoxicada com o ódio que começo a nutrir pelo interveniente da discussão. Nessas altura apetece-me que os meus olhos se transformem em laser para fuzilar a pessoa com quem discuto. Parece-me que tanto ódio não deve ficar retido dentro de uma pessoa só.
Adiante.
O meu problema com discussões é que não suporto pessoas que jogam baixo. Que, sem mais nem menos, partem para ataques pessoais. A verdade é que todos temos essa tendência. Queremos sempre sair por cima e dizer que ganhámos a discussão.
Quando eu discutia com o meu irmão a minha dizia sempre:
- Despreza-o, é o melhor que podes fazer.
Sem saber como esse conselho viria a afectar a minha vida, acabei por moldar a minha doutrina a essa prática. Fiquei sempre sem descobrir se a frase “não vou descer ao teu nível” era boa ou má. Mas continuei a pô-la em acção.
Hoje gosto da minha atitude.
E, agora, sempre que quero “descer ao nível de alguém” lembro-me da minha mãe e “não desço do salto”.
Eles ficam a achar que desisti na discussão. Eu fico a ter a certeza que ganhei.
E foi assim que surgiu a lei: desprezo a pessoas desprezíveis.

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