Rompe silencios

14.9.15

"Oh, tu es extrovertida, não vais ter problema", disseram-me antes de sair de casa. E tudo parece bonito até que.
Até que saímos pela porta em silencio e em silencio chegamos à outra ponta do mundo. Discutimos com um motorista ladrão mas depois não o contamos a ninguém. Fazemos o check-in e passamos o dia entre templo e templo. Vemos uns turistas, arriscamos uns comentarios. Sem sucesso.
Passaram12 horas e não há ninguém com quem tomar uma cerveja. A isso eu chamo fracasso.
Até que escuto:
- ¿Sabes como chegar a Kao San?
(falou comigo é meu amigo). Lixaram-se. Ganharam companhia para o jantar, a cerveja, as compras e o cocktail. Assim foi como eu conheci a Silvia e o Mauro. A "gorda" e o "maurito". Ela catalana (pro-independencia) ele argentino (anti-kirchner).
Foram os meus primeiros amigos.
Com eles conheci o PadThai, a Chang e a Kao San Road. Combinamos ver-nos dois dias depois. "Me dejaron tirada". No pasa nada.
E não faz mal porque em poucas horas apareceram o Mike e a Mary. Convenci-os a ver uma luta de Muay Thai. Ele queria, ela não. Eu não insisti muito mas na verdade precisava do seu mapa para conseguir chegar. E como passámos da amizade por interesse às private jokes em só 10 horas? Misterios da vida mochileira.
O Mike e a Mary estavam a viajar há mais de 4 meses e a Liz e o Roberto ( a "baby" e o "amor") vão daqui a dois dias para a Australia fazer mergulho. Conversámos, andamos de bicicleta, comemos por menos de 20 céntimos, sempre a falar. Na rua, no templo, na minivan, no metro e no mercado. Sim, também fomos ao mercado.
Acabo os dias cansada, exausta. Com un nó mental de varias língua e com o medo que a viagem passe tão rápido como estes dias. Dá para congelar o tempo?


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