Grude

26.1.11

Dizemos que somos miúdos modernos, independentes e autosuficientes. Que o amor é um mito. Dizemos que só queremos diversão, umas quantas risadas e umas cervejas na mesa do bar. Que paixão é coisa de cinema. Gritamos e acreditamos que não há cá mi-mi-mi-mi nem mu-mu-um. Gosto de ti, pah!. Proclamamos que não há paciência para namoros grude. Relações de sexta-sabado-e-domingo. Não há cá trelas nem ataturas. Fora os telefonemas de boa noite e as mensagens de todos os dias. Somos modernos. Primeiro eu e depois tu. Primeiro eu e, se não chateares muito, quem sabe, depois tu. Mas há um dia em que há um corte mais brusco, uma resposta atravessada ou um egoísmo que, simplesmente, chama a atenção. E então pensamos: para quê tanto modernismo se, no fundo, somos todos uns românticos reprimidos. Blergh.

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