Lar doce lar

5.5.09

Há os amigos com quem é bom sair para beber um copo. Os amigos a quem gostas de pagar um copo e os amigos com quem acabas sempre por beber mais de um copo.
Há os amigos a quem assenta bem uma tarde de silêncio a ouvir o mar e aqueles que combinam com discotecas e músicas electrónicas. Amigos com quem partilhamos o nosso mp3 e outros que preferem arriscar-se numas noites de karaoke gritado.
Há uns amigos que gostam de cinema, outros de música e outros que simplesmente não gostam. De nada.
Existem aqueles que ficaram célebres por aquela piada bem metida, os que engoliram no exacto momento a lágrima que queria sair e os que choraram e riram no nosso ombro multiusos.
Os amigos podem levar-se no bolso do casaco, na mensagem do telemóvel, no comentário cibernético ou no postal pendurado na parede. E há também aqueles, mais humildes, que se contentam com o peso leve de um pensamento. Bons amigos, esses.
Há amigos de fotografia e amigos de carne e osso. Há amigos que são só memórias e outros que nos dão abraços inesperados. Não há que esquecer daquele amigo perpétuo que não sabemos muito bem porque lhe continuamos a chamar assim.
Há amigos a quem pedimos, outros a quem convidamos e ainda aqueles a quem exigimos. Amigos que nos atam, que nos soltam, que nos revelam. Amigos que têm gosto de gelado de praia, de scone com compota, de croissant com chocolate ou de chá de maçã.
E depois, bem depois, nessa lista interminável, há aqueles amigos com quem nos sentimos em casa.

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