O gajo é bom, pá

24.6.08

Não há nada mais triste para a humanidade do que descobrir que preferimos ir para a guerra com um traidor do que com um tolo.
Ir para a guerra com um tolo é como lutar sozinho. Tens lá o tolo a tolar a toda a hora, a sorrir e a executar defeituosamente as tuas ordens. O tolo não vale na guerra, porque se tiver de ser ele a dar o tiro final, vai errar o alvo e começar a chorar. E lá vais de ter de ir tu consola-lo, ao invés de lhe dar o merecido par de estalos. Os tolos não ganham, nunca. São aqueles sonsos que acham que “o importante é saber ouvir”. Eu digo que o importante é saber falar. Acertivamente.
É triste que a escolha mais adequada seja o traidor. E que quando nos colocarem contra a parede e nos disserem: “mas afinal porque é que escolheste este tipo sem escrúpulos?”
Tenhamos de responder: “O gajo é bom, pá”.
Mmmmm, que dizer, com a devida margem de erro.

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