O amor romántico

16.1.15

Conheço muita gente que deixou tudo por amor. Que apostou tudo no amor. Que o viu um dia a passear na rua e disse “é ele” e não descansou até conseguir. Que sempre souberam. Que nunca duvidaram. Que sentiram a flecha. Que foram (ou dizem ser) felizes para sempre. 
E é aí onde eu entro.
Eu não acredito nesse amor. Nesse amor romántico-flechazo-cupido-primeiravista-onlyone.
Chamem-me qualquer coisa, insultem-me: Insensível, amarga, coração de pedra, you name it. Já estou habituada.
Há uma vida que falo deste tema. E já ouvi de tudo: desde “um dia você vai sentir”,  a “como podes dizer isso com ele ao teu lado”, às profundas discussões da esplanada amarela ou propostas indecentes em noites de cerveja e chupitos.

Mas há uns días saquei, outra vez, o tema e ele disse-me: “Tranquila, tu es normal. Os outros é que são uns mentirosos”. E o meu coração fez click.


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