Jui!

17.1.10

Conversávamos sobre nomes de filhos e da conversa seria começou a parvoíce.
- Não, Marina, o teu filho deveria chamar-se Toalha, em homenagem ao teu país
(ha-ha-ha)
- Está bem, pronto, então eu chamo ao meu “io” em solidariedade com o “Toalhas” – diz um amigo, deveras confuso.
- Io? – pergunto, totalmente perdida.
- Sim, como é aquele nome que vocês têm em Portugal? Io? Rrio?
- Rui? – arrisco.
- Esse, Rrui – diz o meu amigo a fazer biquinho com a boca.
Explico que não é Rrui, que é Rui, com o “erre forte”.
- Mas escreve-se com jota? – pergunta uma amiga
E é aí que começa o problema.
- Claro que não se escreve com jota! – revolto-me – porque em Portugal, ao contrário de Espanha, os erres têm som de erre e os jotas som de jota.
- Então e como é o som do erre? – questiona o amigo já picado com a conversa
- O erre tem som de erre, como a própria letra indica: “rrrrrrrrreeeeee”.
- Então mas lê-se rrrrrrrrrrrui?
- Não, porque o erre quando ta no principio das palavras tem som de…
- Jota? – diz o meu amigo com cara de vencedor
- Não! Tem som de erre forte!
- E como é o som do jota? (lê-se “rota” em espanhol)
- É como o jota: “jjjjjjjjjjjjjeeeeeeee”
- Mas esse não é o som do gê?
(risada geral, silêncio)
- Já vos disse que vou chamar ao meu filho Toalhas? – apelo.
Há discussões que, simplesmente, não deveriam existir.

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