Ódios

8.5.08

Odeio pessoas sempre felizes. Irritam-me. Vais ter com elas, trata-las mal, humilha-las e elas sorriem-te e perdoam-te, sempre. Mas que não estava arrependida! “Não faz mal eu percebo”.
E depois ainda há aquelas com quem vais conversar e contas, em tom de desabafo, os teus problemas e elas respondem-te “Aih, ainda bem que eu não tenho esses problemas. Tenho uma vida tão feliz. Coitada de ti”. Odeio.
Mas irrita-me ainda mais aquelas pessoas que se fazem de vítimas. Ligas só para saber como estão, fazer um bocadinho de conversa:
- Então tudo bem?
- Vai-se andando.
(silêncio à espera que a pessoa justifique a resposta, que conte o seu problema, que se queixe do patrão. Mas não. É só uma maneira de responder, ou talvez de encarar a vida)
Como assim “Vai-se andando”? A vida dessas pessoas é assim tão má que não há sequer uma coisa boa que lhes venha à cabeça quando lhes perguntam pela vida?
O pior é que não. Têm vidas boas e empregos estáveis. Mas vão andando.
Quando as pessoas me respondem isso, gosto de imaginá-las a andar perdidas pelo vale das lamurias, ou então numa peregrinação eterna pela felicidade. Essa é gira! Peregrinação – Andando! Ahaha perceberam?

Os meus posts têm me levado a crer que odeio todas as pessoas. Principalmente as que vão andando pelos discursos sobre o tempo.

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