OpChina012 #2 os videos

Começamos pelo mais importante - pelo countdow: faltam 24 dias
E assim sendo, uma pessoa começa a pensar nas coisas importantes da viagem. Por exemplo, no video.
Não tenho qualquer tipo de habilidade visual. Não faço os planos mais bonitos do mundo. Não tenho visão, nem jeito para a fotografia. Mas trabalho numa televisão, dammit, é normal que tenha algum tipo de amor pela coisa.
Gosto de montar, de pensar na estrutura, no conceito e nas músicas... E como sou uma rapariga de metas, la me pus a buscar inspiração.  Este é o meu TOP

Há o classico Matt



Um face lapse. Mas só se o Nitos deixar crescer a barba



E queria tentar MESMO esta técnica, mas não prometo que saia alguma coisa dai...



Alguma outra proposta?

OpChina012 #1

Eu vivo num "pais" onde agora, em pleno verão, estão 22 graus. E, portanto, começam as dúvidas: Que tipo de roupa se veste quando um mochileiro viaja a 40 graus?

Operação China 2012

A i diz que não podemos dizer isso. Que não vá ser que venha o governo e boicote a nossa viagem. Não vá ser que achem que somos uma ameaça para a paz do país.
Fala-nos de transferencias bancárias com taxas de 25 euros. De cartões de crédito que não funcionan, de vistos que parece que estamos a pedir a nacionalidade.
Nós rimo-nos e ela diz que não temos noção.
Do calor. Das dificuldades da língua. Da vida do outro lado do mundo.
E nós não temos. Nem queremos ter. Ela também não. Descobriremos quando lá chegarmos.
Começa assim a Operaçao China 2012. Sem ameaças e sem medo. Porque somos só nós. 3 gatos pingados. Três mochileiros com bilhetes de avião.

Espiral negra

Um dia não vais ao ginásio e no seguinte pensas: "Se já não fui ontem...".
Aí começa a espiral. Hoje não porque estou cansada. Amanhã, pequeno almoço com as amigas, no próximo, supermercado e sexta-feira-é-dia-de-descansar. De que vale ir no sábado se já sei que no domingo não vou? E a segunda de manhã toda a gente sabe que ainda conta como fim de semana.
Para mim esta é a metáfora da vida. Porque lutar contra essa espiral tentadora é, basicamente, viver.


Um livro

- Para que é que serve um livro, Gonçalo M Tavares?
- Para alterar a velocidade normal.

In Pessoal e Transmisivel 

ganhar e perder


En jornalismo falamos muito disso. De ganhar e de perder. Ganhamos um leitor com um bom lead e perdemos quando fazemos frases impossíveis.
Ganham-se aliados e perdem-se fontes.
Às vezes só com um erro ortográfico, uma gralha, um adjectivo (esses inimigos). É um jogo de vida ou morte. Uma palavra simpatica e fidelizamos, uma boa reportagem e reservamos um lugar na caixinha dos recortes, na pasta do computador, no arquivo do MP3. Um plano errado e não voltam a carregar no botão do nosso canal.
Em espanhol há uma expressão. Las cosas se te cruzan. De repende, um dia, alguém te diz alguma coisa, faz um gesto, um olhar, um comentario... e “se te cruza”. Perdeste-a. Ou ela perdeu-te.
Cada vez sou mais assim, pessoa de instinto. Cada vez vejo mais a vida como um lead. Um jogo de ganhar ou perder. Uma batalha de palavras e gestos sedutores. 
“Aquí perdeste-me”, diziam-me os chefes quando corrigiam os meus textos.
E eu pensava: tem de haver mais do que isso. 

Ouvido na aula de italiano

"Domani finiremo con il futuro"
E assim uma aula de gramática virou uma dissertação sobre a vida.

Emigrante

Beber laranja

Foi assim, com um anúncio de 1916, que as pessoas começaram a "beber laranja" no Ocidente.


Eu honro este anúncio todas as manhãs.

Via Brief do Lombo

(mentira)

Os políticos dizem mentiras e nós mentimos quando falamos dos políticos. Os economistas mentem quando dizem que sabem o que fazem e nós mentimos quando acreditamos neles. Então os chefes de governo mentem quando anunciam que as suas medidas vão "acabar com os problemas do país", e nós mentimos com o nosso voto de confiança. Depois mentimos, o omitimos, e dizemos que o voto é secreto. 
Voltamos a mentir quando acusamos os outros de corruptos, mas todos já pedimos "faça -me o preço sem factura". 
Eles mentem quando dizem que são "reformas" e não "recortes" e nós chamamos isso de eufemismos: o que é uma mentira. Mentimos quando dizemos que "fazemos jornalismo" e mentimos quando estamos a informar. E quando nos perguntam por quê, sempre temos uma boa razão (mentira). 
E então perguntamo-nos ¿Como seria o mundo sem mentiras?
Pergunta mentirosa.
Ninguém quer saber essa resposta. 

O neón

Hoje terminámos assim, como um grupo de desconhecidos admirando uma placa feita de neón.


 

What has happened to our conviction.... you know?

Pessoas

Sempre esperamos.
Às vezes, um telefoma. Olhamos para o telemóvel. Bloqueia, desbloqueia, não, não me ligues que não posso ter o telefone ocupado. Outras vezes, é um email. F5, F5, F5. Uma notícia no jornal ou uma resposta a uma mensagem.
Estranhamente, o que eu nunca espero são pessoas: estão sempre demasiado ocupadas.

Colchão da felicidade

Desde que comecei a trabalhar estabeleci um objetivo principal e prioritário para o meu dinheiro. Conseguir juntar as poupanças necessárias para viver durante um ano sem trabalhar.
E dizem vocês, "que menina precavida, pensando no futuro e organizando-se para não passar dificuldades".
Não.
Esta menina é precavida, mas a sua poupança é, na verdade, uma das suas maiores excentricidades.
O conceito é o seguinte:
Trabalhar sucks. Trabalhar por obrigação sucks even more.
E é aí que entra o meu "colchão da felicidade".
Acordar um dia e pensar "não quero ir trabalhar, não quero, não quero", "não gosto do meu trabalho, 'tou farta de tudo isto". E então, no meio desta espiral negra que costuma invadir-me entre o despertador e o banho, há um grilo feliz que me sussurra: "Se não quiseres ir trabalhar não precisas, pedes a conta e durante um ano podes fazer o que te apetecer".
E, de repente, um sorriso e um suspiro: "'Ta bem va,  hoje vou trabalhar, mas quem sabe amanhã...."
Assim passam os dias e aguenta-se melhor a rotina, com um grilinho da consciência que depois de cada discussão com o chefe ou problemas com o directo, te sussurra: "se quiseres...."
Chamem-lhe tortura psicológica ou desperdicio de dinheiro, eu não me importo.
Já sei que talvez eu nunca o faça, deixar tudo e mudar de vida, mas saber que essa possibilidade existe é o meu colchão da felicidade.



Cilantro

Na nossa casa cresce um Cilantro. Agora precisamos de uma receita para usa-lo.


Espeto de pau

Ganhamos a vida comunicando e, no entanto....
Às vezes é tão difícil comunicar.

Rebel.

Já não somos rebeldes sem causa, revolucionários insatisfeitos. Não somos rebeldes de todo. Mas continuamos insatisfeitos. Insatisfeitos do verbo quero-mais, quero-crescer, quero-mudar. Insatisfeitos porque nos ensinaram que podíamos conquistar o mundo. E nós acreditámos. Depois não digam que a nossa educação não valeu para nada.
E então encontramo-nos. Três rebeldes resignados. Com as nossas vidas de casa-trabalho, e as nossas pequenas escapadas para fazê-la mais feliz. E somos felizes. À nossa maneira. Um tem uma varanda no meio da cidade, o outro luta Air wrestling wth fire e ela... bem, ela não vem ao caso.
E de repente é tudo como antes. Já não somos gente crescida, não temos de pagar contas nem limpar a casa. Dar atenção ao namorado e seguir a dieta do jantar. Somos rebeldes outra vez. A diferença é que agora jogamos bingo.
Rebel Bingo.

Mafalda #2

E um clássico entre todos os jornalistas =)

Mafalda

Já sei que o seu criador diz que não é hoje o aniversário da Mafalda. Mas não preciso de motivos para partilhar um dos meus preferidos.

Plano de leitura

Por enquanto vou com este.Em breve, comentários.

Keep Calm

& Carry On.

Inspire confidence in difficult times.

fantasPorto

Na volta fizemos um Top. Esse clássico.

Havia grandes candidatos e outros um pouco pretenciosos. Aquele momento de tensão em que a senhora grita:

- Ligue os minimos!

Eu, tremendo, giro mais o botão.

- Não, os mínimos!

Cara de desespero.

- Estão ligados?

Assim começou o pesadelo que acabou em gargalhadas e beijinhos ao Sr. Carro que já tem 12 anos e tantos "aprovados" na inspeção lusa.

As ditas gargalhadas subiram para o pódio, mas logo veio o hotel com varanda, sem barulho e ducha quentinha. Fez-se acompanhar por uma power nap ronhenta e um jantar com direito a dois golos, jornalista da TVI e até um "vivó Porto, vivam as francesinhas". Aquela parecia ser uma noite Top, mas não tinha nem começado. Fomos andando, seguindo, e de repente: Mexe. MexePipocas, MexeFanfarra, Mexegentenarua. Era o Mexefest e nós, sem saber, estávamos lá. Animados, resolvemos tentar a sorte. Uma loja de gomas. Ele nunca me tinha oferecido gomas. Eram gomas medicinais, dizia, mas soube a xarope de ferias perfeitas. Mexenoite pró Top e os outros highlights a roer-se de inveja. Mas as férias nem tinham começado. Houve uma luta de Pães Quentes, uma tarde musical e um passeio à beira-rio. Um almoço descoberto ao acaso. Ele tem olhinhos, sempre soubemos disso. Olhinhos de almoço e olhinhos de Sr. Brunch com direito a ideias de negócio e reflexões sobre a vida. No Top entram descobrimentos como aquele Porto que tomámos para levar o bar à falencia. E também aqueles achados antigos: Uma noite Antonada que como sempre, não desilude.

E então gritam os outros que é injusto. Que não falámos dos dedinhos, da livraria, da caipirinha com sabor a chá. Uma petição para alargar o prazo. Para incluir aquela noite de cocktail, queijinho picado e sopa quente. Quer entrar para a lista aquele abraço roubado e a palavra dita entre sonhos e repetida de manhã (just in case). Mas nós somos estritos e conciliadores. A lista está fechada, mas os Tops são infinitos.

PORTONIC

40% de Porto Branco
60% de Água com gás
Muito gelo
Uma rodela de limão

Este GRANDE descobrimento veio connosco do Porto. Ontém estreámo-nos como cockteleiros e o Portonic adorou a Galiza. Bem-vindo ao meu mundo. Seremos amigos do peito.

Galego, parte 2

Para todos os que nao sabem. E para que fique bem claro:
O galego É uma lingua. Uma das 4 linguas que se fala em Espanha.
Ponto final. Aqui nao há discussao possível.

Galego

Outro dia cometi o crime mais grave que pode existir na sociedade galega. A maior ofensa, a GRANDE falta de respeito. Tinha resistido durante três anos e esta semana caí.
Estavam duas senhoras a passar por mim na rua e falavam galego. Eu comentei:
- Impressionante, o sotaque delas parece português!
Ui.
- Como português? Parece galego, não português. Não sei se ainda te lembras que o galego também é uma lingua. Se fosse verdade o que dizes, seria o português que se parecería ao galego e não ao contrario...... Bla-Bla-Bla
Levei uma bronca daquelas.
E concluí. Tenho saudades de Portugal. No próximo fim de semana cruzarei a fronteira.

E no teu país como é?

Essa é a pergunta me persegue. Outro dia perguntei o que era "tirachinas" explicaram me que era um pau em forma de Y com un elastico para atirar coisas. Eu percebi logo do que estavam a falar, mas veio a pergunta: "Em português como é que se diz?" Sei laaaa! Que mania de perguntar isso. Não sei, não me lembro, tanto faz, ¿Qué más da?
Também a propósito do carnaval, falávamos dos doces típicos daqui: filloas (crepes com outro sabor) e orejas (massas fritas com açúcar). E então tchan-tchan-tchan-tchannnnn "E quais são os doces típicos de carnaval no teu país?" Não sei, não me lembro, não há, não faço a mínima ideia e, sinceramente, não me importa.
Já sei que é uma pergunta de cortesia. Mas eu sou uma luso-italo-brasileira que actualmente fala espanhol 24 horas por dia, sem ser nos momentos em que tenta estudar italiano (em espanhol). Assim que, senhores, por favor, eu nem seque sei dizer "qual é o meu país" quanto mais responder a essas perguntas. Portanto, deixem-me em paz, sim?

P.S - Va lá... ja sei que querem todos responder, Digam-me lá como é que se diz tirachinas em português e quais são os doces típicos de carnaval daí que assim eu faço uns espanholinhos mais felizes.

a cor das palavras

Ele recomendou. Eu vi. Apaixonei-me.
Esse fascinante mundo das palavras:

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore from Moonbot Studios on Vimeo.

Hoje cozinhei.


Acho que isso deveria ficar registrado para a eternidade.

Cambios

"Se vogliamo che tutto rimanga come è, bisogna che tutto cambi"

Começa daqui a meia hora


E a única coisa que eu espero, é aprender esta lição:
"Qué difícil es guardar la distancia adecuada"

O mar comeu-o

Ele era um erasmus de despedida que daqui a duas semanas voltava para casa. Era um erasmus como todos nós: com uma cerveja na mão e uma pergunta na boca: "Quando é a próxima festa?"
Não sei se estudava, se era inteligente ou até boa pessoa. Não sei. Mas na quinta feira, depois de uma festa, o mar da Coruña comeu-o. Três policias viram-no, atiraram-se para a água para salva-lo e nunca mais voltaram. Nenhum dos 4.
Um drama na cidade e em toda a Espanha. Um drama que ultrapassou as fronteiras. Ouço os helicópteros a passar por cima da minha casa, o paredão está interditado e o mar, bravo, é visto com medo e receio.
Eu tenho pena. Pelo rapaz. Pelos pais do rapaz, já em terras espanholas. E que além de ter perdido o filho, vão ter de pagar todo o operativo de busca dos cadáveres (que custará uns 100.000 euros). Tenho pena dos policias (agora heróis) e das suas famílias que as vejo chorar todos os dias quase à porta de minha casa.
Mas tenho principalmente muita pena dos danos colaterais. Na rua o comentário é "Ai, esta juventude está perdida", esses "jovens irresponsáveis", "o erasmus é um antro de bebedeira".
Uma vida a lutar contra esse preconceito.
E agora, isto.

Roma, Sevilha ou Mar?

Chi va a Roma, perde la poltrona.
Quien va a Sevilla, pierde la silla.
Quem vai ao mar, perdeu o lugar.

Acaba o dia

Acaba o dia e cheiro a cara lavada de maquilhagem. Tenho uma mola a segurar o meu cabelo alisado e uma roupa que nao é a mesma que vestia à uma hora atrás.
Tenho a marca dos óculos no nariz e ainda é preciso conduzir meia hora até chegar a casa. Ainda bem que neste horario (indecente) já nao há ninguém na estrada.
Abro a porta e as luzes estao apagadas. Ciudado para nao fazer barulho. Aqueço o leite e tiro-o meio segundo antes do microondas para nao apitar.
Ainda falta tomar banho, por o pijama e tentar ler um pouco (a minha média actualmente é de uma página por noite). É uma da manha e o despertador vai tocar outra vez às 8h.

L'estaca

Ultimamente em Espanha temos falado muito sobre a ditadura. Eles contam-me coisas do Franquismo e eu sobre o Salazarismo. Falamos de liberdade, de tortura e de revolução.
Porque aqui o grande problema é que mais de 30 anos depois, o Franquismo ainda não está superado. Ainda há muita gente que não condena a ditadura. Ainda há muitas ruas e estatuas que tem nomes de generais falangistas. Ainda há símbolos espalhados pelas casas e até a semana passada ainda havia ministros de Franco que pertenciam ao senado.
Agora esse ministro morreu e fizemos muitos programas e jornais especiais sobre ele e sobre a Transição. Porque aqui não houve cravos nem revolução. Houve uma "Transição" que, 30 anos depois, não está acabada.
E cada vez mais parece que esse tema da liberdade, dos princípios e da moral continuam sendo actuais. E, enquanto falamos disso, cantamos:
"Si jo l'estiro fort per aquí i tu l'estires fort per allà,
segur que tomba, tomba, tomba, i ens podrem alliberar"

Tradução:
"Se eu puxo forte daqui e tu puxas forte dali,
Com certeza cai, cai, cai, e vamos poder ser livres"

Piscina

Cada um tem o seu truque, a sua mania, a solução para os seus problemas. A minha é a piscina.
É ali onde tomo as grandes decisões da minha vida, onde tenho a melhor ideia para os títulos das minhas reportagens, onde dou forma às centenas de minutos de entrevistas. É ali onde eu decido o que vou dizer ao fulanito, a mensagem que vou mandar àquela amiga, o que vou fazer de almoço e que filme vou ver à tarde.
É ali onde eu formo a minha opinião sobre o último escândalo político ou as novas medidas económicas.
Porque ali sou só eu. (Eu e a agua que entra pelos meus ouvidos)
E é tão difícil estar sozinho. Totalmente sozinho. Sem outras opiniões, sem o skype o facebook ou o livro que está na cabeceira. Sem um amigo, uma televisão ou um telefonema do namorado. Sem radio. Sem música. Sem a casa que está suja ou o pão que está na tostadeira. Sem tenho fome, tenho sede, tenho mesmo de ir ao supermercado.
Na piscina sou eu sem mais nada. E até gosto de mim.

Não sei se sou só eu

Mas quando estou muito, muito, muito cansada acho sempre que é melhor não tentar descansar.

"Não tenho tempo"

Quando um jornalista já não tem tempo para escrever, é que alguma coisa está mal. Estamos a trabalhar demasiado, a falar muito ou a sair demais. Achamos que isso é bom, mas não é. Porque jornalista não pensa, escreve. E eu acho que é aí que está o problema. Quando acreditamos que já não precisamos escrever.
De repente, quando nos apercebemos, estamos totalmente afogados pelos textos de um minuto. Pela economia da palavra, por aquela imagem que precisa respirar. O alarme soa quando te zangas com a tua maquilhadora pela roupa feia que te trouxe ou pela sombra escura dos olhos. Não, isso não é jornalismo.
Às vezes parece que vão juntos. O jornalismo e a futilidade. Mas a culpa disso é de não escrever.
Não prometo nada, mas prometo tentar.

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