fantasPorto

6.3.12

Na volta fizemos um Top. Esse clássico.

Havia grandes candidatos e outros um pouco pretenciosos. Aquele momento de tensão em que a senhora grita:

- Ligue os minimos!

Eu, tremendo, giro mais o botão.

- Não, os mínimos!

Cara de desespero.

- Estão ligados?

Assim começou o pesadelo que acabou em gargalhadas e beijinhos ao Sr. Carro que já tem 12 anos e tantos "aprovados" na inspeção lusa.

As ditas gargalhadas subiram para o pódio, mas logo veio o hotel com varanda, sem barulho e ducha quentinha. Fez-se acompanhar por uma power nap ronhenta e um jantar com direito a dois golos, jornalista da TVI e até um "vivó Porto, vivam as francesinhas". Aquela parecia ser uma noite Top, mas não tinha nem começado. Fomos andando, seguindo, e de repente: Mexe. MexePipocas, MexeFanfarra, Mexegentenarua. Era o Mexefest e nós, sem saber, estávamos lá. Animados, resolvemos tentar a sorte. Uma loja de gomas. Ele nunca me tinha oferecido gomas. Eram gomas medicinais, dizia, mas soube a xarope de ferias perfeitas. Mexenoite pró Top e os outros highlights a roer-se de inveja. Mas as férias nem tinham começado. Houve uma luta de Pães Quentes, uma tarde musical e um passeio à beira-rio. Um almoço descoberto ao acaso. Ele tem olhinhos, sempre soubemos disso. Olhinhos de almoço e olhinhos de Sr. Brunch com direito a ideias de negócio e reflexões sobre a vida. No Top entram descobrimentos como aquele Porto que tomámos para levar o bar à falencia. E também aqueles achados antigos: Uma noite Antonada que como sempre, não desilude.

E então gritam os outros que é injusto. Que não falámos dos dedinhos, da livraria, da caipirinha com sabor a chá. Uma petição para alargar o prazo. Para incluir aquela noite de cocktail, queijinho picado e sopa quente. Quer entrar para a lista aquele abraço roubado e a palavra dita entre sonhos e repetida de manhã (just in case). Mas nós somos estritos e conciliadores. A lista está fechada, mas os Tops são infinitos.

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