Colchão da felicidade

8.5.12

Desde que comecei a trabalhar estabeleci um objetivo principal e prioritário para o meu dinheiro. Conseguir juntar as poupanças necessárias para viver durante um ano sem trabalhar.
E dizem vocês, "que menina precavida, pensando no futuro e organizando-se para não passar dificuldades".
Não.
Esta menina é precavida, mas a sua poupança é, na verdade, uma das suas maiores excentricidades.
O conceito é o seguinte:
Trabalhar sucks. Trabalhar por obrigação sucks even more.
E é aí que entra o meu "colchão da felicidade".
Acordar um dia e pensar "não quero ir trabalhar, não quero, não quero", "não gosto do meu trabalho, 'tou farta de tudo isto". E então, no meio desta espiral negra que costuma invadir-me entre o despertador e o banho, há um grilo feliz que me sussurra: "Se não quiseres ir trabalhar não precisas, pedes a conta e durante um ano podes fazer o que te apetecer".
E, de repente, um sorriso e um suspiro: "'Ta bem va,  hoje vou trabalhar, mas quem sabe amanhã...."
Assim passam os dias e aguenta-se melhor a rotina, com um grilinho da consciência que depois de cada discussão com o chefe ou problemas com o directo, te sussurra: "se quiseres...."
Chamem-lhe tortura psicológica ou desperdicio de dinheiro, eu não me importo.
Já sei que talvez eu nunca o faça, deixar tudo e mudar de vida, mas saber que essa possibilidade existe é o meu colchão da felicidade.



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