A fórmula

13.11.08

Fórmula mágica de sucesso (quiçá já um pouco gasta) para montar um curso de pós-grado direccionado a recém licenciados:

Regra de ouro: Fixar um número limite de vagas para que a direcção (e o dept. de RH) possa por em prática os seus critérios de selecção.

Critérios para formação do corpo de alunos:
80% de jovens suficientemente ingénuos para que possam ser moldados à lavagem cerebral da empresa e aos “encantos” da profissão (ainda que não o admitam)
10% de pessoas de idade mais avançada que aportem o factor maturidade ao grupo
10% de jovens revolucionários
50% de estudantes medianos (normais, diriam)
20% de estudantes abaixo da média para que no final se possa notar um “incrível progresso”
20% de jovens acima da média para “puxar o grupo para cima”
10% de jovens-revelação. O chamado “este sim é promissor”

Critérios de formação do corpo docente:
- O prof simpático e confidente que vá tomar cervejas com os alunos
- O prof preferido que diz o que queremos ouvir
- O prof messias
- O prof estrangeiro que faz subir a reputação do curso
- O prof polémico e as discussões que causa no refeitório
- O prof maluco, que tem como função “despertar as mentes adormecidas”
40% de profs competentes (ainda que esquecíveis em curto prazo)
Seminários ocasionais com profissionais da área
Aulas de lavagem cerebral

Recomendável: misture a fórmula com aulas práticas e entregas de trabalhos semanais (quem sabe diárias?)

Nota 1- Uma pessoa pode, no máximo, corresponder a duas características
Nota 2- Quem sabe Recursos Humanos seja um profissão interessante?
Nota de ouro: Tudo isto, se me permitem, com a devida margem de erro de quem passou a vida “de curso em curso”.

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