A Massa

25.9.08

Desde há dois anos para cá, cozinha para mim tem cara de massa (não que antes tivesse cara de alguma coisa). Bolognesa, putanesca e carbonara. Com pimentos, beringela, bacon ou nozes (mistura estrondosa!). Há aquela que vai no forno e deixa o queijo gratinar, a que tem recheio e a que se serve fria como salada. Podemos usa-la como acompanhamento ou prato principal (com direito a três repetições).
Mas para mim, cozinha também tem cara de seis frustrantes quilinhos a mais e um guarda-roupa novo (dois tamanhos acima) comprado com o dinheiro que deveria ser para viagens. Então desta vez tomei uma decisão: não haverá massa no armário da minha cozinha espanhola. Aparecem assim as saladas, os bifes grelhados e as tostinhas integrais. Mas ontem lembrei-me que tortilla não era massa e, portanto, “se estas em Espanha junta-te a eles”.
E foi então que….
- Se ontem comi tortilla qual é o mal de hoje comer massa?
Tentação, carne fraca! A verdade é que a sensação de voltar a território conhecido foi inspiradora! (prometo manter o pacote de massa, comprei dos pequeninos, juro!, no fundo do armário da cozinha. Só para ser usado em dias mais especiais!)
Mas já agora fica aqui a minha indignação:
Porque é que as comidas, “não-massa” são tão caras? Bem… talvez por uma questão monetária (e só mesmo monetária) devesse recorrer à massa um dia ou outro…

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