A geração sem tempo

18.3.15

Somos o mundo do fast food. De jantar em frente ao computador. De inscrever-se no ginásio em Janeiro e de deixar de ir em Fevereiro. Somos o mundo dos queixinhas. Dos pouco realizados. Dos sindicalistas medrosos. Daqueles que começam a correr, compram roupa, tenis y fones de ouvido, tiram 5 fotos para o instagram e depois vem a chuva e acabou-se. Somos dos que começam a dieta "amanhã sem falta", dos que chegam a casa e uma vez por ano anunciam que vão deixar o trabalho e viajar pelo mundo. Nunca o fazemos. Somos escravos do salário ao fim do mês. Covardes. Uma geração de incompreendidos. Somos do tempo dos que começam o jornal ao contrario, dos que leem os livros de diálogo em diálogo, saltando as descrições. Aprendemos skimming e scanning só para não perder tanto tempo. Estudamos línguas e depois esquecemo-las. Não cumprimos compromissos. Não sabemos batalhar. Nunca temos tempo.
Fomos enganados. Nunca nos disseram que a vida era uma batalha constante entre o relógio, as ambições e os fracassos.

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