29.8.11

Eu durmo.

É uma daquelas qualidades que pai e mãe não babam aos amigos, nem vem nas aptidões do currículo. Mas devia.
Porque enquanto os outros vem "tele-basura", dão beijinhos na almofada, desperdiçam horas de actividade mental dando voltas e voltas aos mesmo assuntos. Eu durmo.
No avião, no carro, na praia. Na minha cama ou em cama alheia. Sem cama.
Fecho os olhos. Durmo.
Sou pouco rentável para os chás de tília, para os ginásios nocturnos e para as conversas de meia-noite.
Não sou delicada, agradável, rica ou sei lá se sou especialmente fértil. Quando alguém se aproximar e perguntar-me as minhas principais virtudes. Já decidi. Vou só dizer.
Eu. Durmo.

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