O cavalo
14.8.11Os 40 graus nos perseguiam e tambem as criancas que gritavam Hallo. Mas agora ja nao eramos 3. Tinhamos companhia.
O stranger.
E foi quando estavamos sentados num bar a espera que o sol se pusesse e chegasse a melhor parte do ramadao (a comida), que ele propos jogar um jogo. Nos, portugueses educados, nao pudemos negar. Imagina um deserto com um cubo, uma escada, um oasis e um cavalo.
Imaginado.
O cubo e o teu ego (grande e transparente). A escada como os outros podem chegar ate ti (acesivel, robusta). O oasis o teu lugar seguro, a tua tranquilidade (fresco, proximo e usado com frequencia).
E entao um deles *eu* comeca a gritar. Nao, nao, nao, nao quero continuar a jogar.
Por que?
O cavalo. Tenho medo. Nao quero saber.
Risota.
E ele diz com aquela voz grave que o caracteriza.
O cavalo, como devem imaginar, e a pessoa da vossa vida. A vossa alma gemea, I mean.
Alguem *eu* comeca a rir-se. A rir muito. Os outros contam que os seus respectivos estao ali, deitados ao pe da escada, a beber agua do oasis.
Digo que nao gosto desde jogo.
E entao confesso. Este cavalo *o meu* era um cavalo livre. Eu via-o ao fundo, bem ao fundo do meu deserto, a correr sem rumo e eu nao podia alcanca-lo.
Um silencio na mesa. Uns olhares desconfortaveis. Uma proposta para comprar um gato.
Mas, again, isto era so um jogo. Um jogo psicologico.
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