Nós os galegos

3.12.08

Apaixonei-me.
Primeiro pela Ciudad de Cristal, cujo mar faz de mosaico nas janelinhas de moldura branca. Depois pela praia em que sol nasce ao contrário, pelo paredão ventoso, pela torre de centenas de degraus. A paixão é tão fútil.
E assim descobri este “país” em que a “choiva” não é impedimento para o optimismo, em que as refeições são a parte mais importante do dia (yes!), em que no futebol há 50 músicas diferentes para cantar.
E começaram as declarações de amor
O primeiro passo? A mudança de nacionalidade:
-¿Y tú de donde eres? – perguntam-me com o interesse exótico de quem está a ponto de conhecer uma estrangeira
- ¿Quién, yo? De aqui de Coruña. – respondo com convicção
- ¿En serio que eres galega? Es que tiene un acento un poco raro…
E, já que estamos em ritmo de amor lamechas, pergunto se alguém resiste a um país onde “a xente no é fea, é riquiña” :



Agora só me falta o “hand parquing” (ou, como se pode ouvir no vídeo, o “randparquí”).
Mas eu hoje, pela primeira vez, estacionei em “doble fila”, e isso já me parece um passo muito importante na relação, ou não?

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