Los 5 millones

2.7.11

Então um dia a minha amiga chega ao trabalho e a chefe pergunta-lhe se quer ir tomar um café. Ela estremece e diz que sim. Chegam la e falam do tempo. Como já é verão e ainda faz frio. E a minha amiga pressiona. "Então chefe, o que é que me queria dizer?". A cara da chefe congela e começa num choro compulsivo. "Gostamos muito do teu trabalho. Mas estamos sem dinheiro. Não temos clientes. Estamos falidos". A minha amiga consolou-a e disse-nos que agora tem dois anos de subsidio de desemprego.
E chega o dia em que o chefe de um colega pergunta-lhe se ele pode ir falar com o diretor. Com as pernas a tremer, entra no escritório. O diretor conta-lhe como está contente com o seu trabalho. O tal colega suspira. Como ele cresceu e melhorou neste últimos meses. Ele esboça um quase-sorriso. E então o diretor olha-o nos olhos e diz: "Mas...". O meu colega conta que não ouviu nada a partir dai, mas depois desse dia nunca mais ninguém o viu naquela empresa.
Esta amiga era também, por coincidência, amiga do seu chefe. Ele disse-lhe que, sim, que não ia haver nenhum problema para renovar o seu contrato. Então ela também renovou. Contrato da casa, do telemóvel, da internet e até daquela relação desastrosa que ela insistia em manter.
Um semana antes do dia D: "Então chefe?". Ao que ele responde. "Passa à tarde aqui na minha sala, que temos de falar". Antes da reunião ela mandou-nos uma mensagem que só dizia uma palavra: "Merda". E como tem um contrato precário, nem tem direito a subsidio.
Eso, mis amigos, es España.

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