El cambio de Zetapê

22.10.10

Lembro-me de quando o Zapatero ainda não era çapatero (com a linguinha no meio dos dentes), quando não sabia o nome do Pepe e ainda tinha de pensar se Fernández levava acento.
Foi há tanto tempo.
Agora já fazem parte da minha vida. Do meu quotidiano. Sei o seu passado, as suas amantes e as fofocas mais sórdidas. Comento a roupa, o tom e as olheiras. “Acho que ele está depressivo”, e discutimos isso horas a fio. Insulto-os a todos. Menos a Salgado.
Havia a De la Vega que batia todos os records das redacções. Uma mulher não se pode fazer chamar por Maria Teresa Ferndández de la Vega e o seu cargo ser Vicepresidenta primera del gobierno. Demasiados caracteres! O que fazemos com os printers? E depois havia a Aido e a Corredor, tão sonsas, tão sem sal. A Leire Pajin, a sua adolescência política e o queixo duplo. Como se pode ser tão feio? A Espinosa, o Corbacho e o Moratinos.
Ate um dia, sem aviso prévio, acordo e descubro que tenho que lhes dizer adeus. Que tenho que abrir o meu quotidiano a um senhor que se chama Jáuregui e nem sei pronunciar bem o seu nome. Acho que é amigo do Valeriano, !que dupla!. E então passo o dia com tremeliques, a ler, estudar e aprender tudo sobre estas caras novas. A discutir o futuro do país e as consequências deste “cambio”. Porque esta seana acordei e tinha mudado o governo. Senti que estava a viver a história. Mas eu sou uma exagerada.

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