Campanha eleitoral

Estamos en Campanha eleitoral e quando vejo videos como este....



Faço GLUP...

Logo eu

Ontem entrevistamos a um político. Hoje a outro. Amanhã, um economista.
Logo eu, que queria trabalhar em cultura ou, quem sabe, em sociedade. Eu, que queria chegar ao coração das pessoas, queria melhorar a vida à minha volta, queria contribuir com o meu grão de areia para fazer um mundo melhor.
Eu
agora sou daquelas pessoas que acredita que a economia e a política são os temas mais importantes para a sociedade. Que é preciso debater, criticar, conhecer, fazer retrospectiva, estudar, analisar as suas agendas, as suas decisões, os seus olhares e comportamentos.
Seca? Não. Dever cívico.
Eu queria ser o contrapoder para mudar a vida das pessoas e agora acredito que é falando, criticando, perguntando e reclamando que podemos chegar lá. Esclarecer o cidadão para que ele tenha uma voz mais respeitada.
Logo eu a dizer isto. Logo eu.

Khadafi vs. ETA

Já morreu?
Essas foram as primeira palavra que pronunciei ao chegar à redacção meio despenteada, meio acordada, meio a correr. Tinha lido as noticias em casa. Pus uma roupa qualquer, fiz duas chamadas e arranquei o carro. O programa pensado naquela manhã já não valia. As noticias ainda eram difusas e precisávamos de um plano B. Ainda era cedo, ainda dava tempo, ainda não havia problema. Até porque ele ainda não tinha morrido (oficialmente).
E então veio a confirmação e depois chegaram os vídeos. Uma reunião para corrigir os reajustes e parecia que tudo estava em ordem.
Até que começaram os rumores.
"Pode ser que a ETA (grupo terrorista espanhol que matou mais de 500 pessoas ao longo de 40 anos) se dissolva hoje".
Rumores, só rumores. Até que de repente, um alerta no twitter, um telefone que toca. Um grito. Dois, três. Não podia ser verdade, mas era verdade. Eu estava a viver o acontecimento noticioso mais esperado das últimas décadas. Qual Khadafi, qual quê. Eu ia dar aquela noticia que todo o jornalista sempre sonhou em dar. Aquilo estava mesmo a acontecer. ETA estava mesmo a anunciar o final da violência. E, pior, eram 7 da tarde.
Reunião do comité de crise e nunca aquela redacção trabalhou tão rápido. Enquanto gritávamos "isto não pode estar a acontecer, não acredito que estou a viver isto", trabalhávamos como nunca tínhamos trabalhado. Ninguém se foi e houve gente que até voltou. "Vi a noticia e vim a correr, não podia ficar em casa num dia como hoje".
Hoje era O dia.
E de repente já estávamos em directo. Tivemos comentários, opiniões especializadas e declarações políticas por satélite. Tivemos adrenalina e muita audiência. Um plano do dia que se foi por água abaixo. E duas noticias. Duas noticias demasiado importantes para passar no mesmo dia. E o melhor de tudo, foi que fomos capazes de analisar em profundidade as duas.
Quando tudo acabou e cheguei a casa não podia dormir. Só pensava, "nunca mais vou esquecer este dia".

Siameses

Ontem disseram-me que o mundo é feito de siameses. Os siameses amam-se antes de nascer e é por isso que nascem abraçados. Mas quando nascem, contaram-me, já não se podem separar e então começam as discussões, as lutas e o ódio. No final fartam-se, um ganha e empurra o outro pela janela, mas nessa altura o vencedor não se apercebe que estão presos e que se um cai, o outro irá com ele.

Há muito tempo que não gostava tanto de um filme

Solteira, sem filhos

Hoje na aula de italiano estávamos a brincar aos jornalistas. Tinhamos de contar coisas sobre a nossa família. E então a rapariga que me estava a entrevistar pergunta.
- És casada?
- Não, solteira.
(dificuldades para fazer a seguinte pergunta. Um silencio desconfortável e ela finalmente consegue seguir)
- Então filhos…..
- Não, também não tenho filhos…
(umas caretas, uns olhares frustados e continúa)
- E irmãos tens?
- Sim, tenho um, mais velho, que está agora a viver nos Estados Unidos.
(eu ali dando-lhe pistas para ver a mulher desembananava. E então a cara dela se ilumina):
- E ele é casado? Tem filhos?

Esta, meus amigos, é a sociedade em que vivemos

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